Compulsão Alimentar

A obesidade é um problema cercado de achismos e preconceitos. Muitos vêem pessoas obesas como pessoas preguiçosas, que comem muito mais do que deveriam e que emagreceriam facilmente se fizessem algum esforço.

A pessoa que come em excesso mesmo sem apetite algum pode sofrer de um distúrbio químico no cérebro, que desregula os mecanismos de fome e saciedade. Para alguém que sofre de um problema como esse, a sensação de desamparo pode ser grande, pois muitas vezes recebe como orientação única ingerir menos calorias. Seria como um alcoólatra ir ao médico e receber o a orientação de beber menos.

A pessoa pode até buscar fazer isso, mas não vai conseguir, por diversos motivos. A comida gera um efeito de prazer e recompensa no organismo. Em qualquer organismo com fome, quando se ingere comida, esse efeito é gerado. Porém, em organismos obesos, é necessário comer mais para experimentar a mesma sensação.

É como uma droga: A pessoa quer obter esse prazer e consome comida até chegar a esse estado. E com isso ela continua engordando. Portanto, não é por falta de força de vontade, mas sim um estado quase de vício por alimentos.

Os compulsivos não ingerem apenas alimentos gordurosos e pesados, eles comem qualquer tipo de alimento em grande quantidade. Essa falta de regulação química aliada ao efeito de prazer e satisfação da comida cria pessoas obesas que não conseguem lutar contra o problema.

O tratamento passa por vias psiquiátricas e psicológicas. O papel do psiquiatra é inibir a fome em uma pessoa que não consegue se controlar, ao mesmo tempo em que o psicólogo trata problemas como ansiedade e depressão. Não se fala em cura total para a compulsão, mas em tratamento. Uma pessoa recuperada pode voltar a engordar caso deixe de lado certos cuidados.

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